Pery Cunha

Noites Brasileiras no Imperial
O Cine Teatro Imperial foi inaugurado em 18 de abril de 1931 como o mais luxuoso de Porto Alegre, com 1.632 lugares. Como novidade para a época, a disposição das cadeiras, garantindo uma visibilidade conveniente em qualquer ponto da sala. Já nos primeiros anos de funcionamento, o Imperial proporcionou a seu público espetáculos com grandes nomes da música brasileira.
Em 29 de abril de 1932, estrearam os Ases do Samba (Francisco Alves, Mário Reis e Noel Rosa), acompanhados pelo pianista Nonô e o bandolinista Pery Cunha. A idéia inicial era que o show acontecesse no dia 8, mas isso não foi possível porque houve demora na definição dos músicos (Noel veio porque Lamartine Babo precisou ir a São Lourenço, MG, por recomendação médica) e também porque o navio no qual viajavam parava em qualquer porto em que pudesse tomar ou deixar passageiros... Em função disso, o Imperial teve que publicar anúncios nos jornais onde se lia: "Eles custam... mas vêm". Após algumas apresentações no Cine Teatro Carlos Gomes e uma excursão pelo interior (São Leopoldo, Cachoeira do Sul, Pelotas e Rio Grande), os Ases retornaram para uma Noite Brasileira no Imperial, em 24 de maio.
Mário voltaria ao Imperial para outra Noite Brasileira, em 31 de julho de 1935, desta vez ao lado de Carmen Miranda.

Texto extraído do site: Brasileirinho
http://www.brasileirinho.mus.br/arquivomistura/49-170504.htm


Ecos do Passado
Na década de 1930, grandes nomes da radiofonia e do disco brasileiros visitaram a cidade do Rio Grande, apresentando-se nos cine-teatros da empresa Gáudio & Cia., que eram o Politeama, Carlos Gomes e Avenida.
Em junho de 1932, viajando no navio Itaquera, apresentaram-se aqui os “Ases do Samba” que eram os cantores Francisco Alves e Mário Reis, o compositor Noel Rosa e os músicos Pery Cunha (bandolim e violão) e Romualdo Peixoto ((Nonô) também violonista. Francisco Alves e Noel Rosa, além de cantar, também acompanhavam os demais ao violão. Foram três espetáculos no Politeama: dia 1º, à noite e dia 2 (feriado) à tarde e à noite. Antes das apresentações dos artistas, era projetado o filme “La canción del dia”, cantado e falado em espanhol. No programa, os “Ases do Samba” interpretaram grandes sucessos da época: Apanhando papel, Gago apaixonado, A voz do violão, Sofrer é da vida, Gosto mas não muito, Se você jurar e Que será de mim.
No dia 3 o Itaquera partiu, levando os “Ases do Samba” para Curitiba.

A bordo do navio Itaquera na viagem ao Rio Grande em 32: Pery Cunha, Mário Reis, Chico Alves, Noel Rosa e Nonô

Texto extraído do site: Bom dia Comunidade
http://bomdiacomunidade.com.br/index.php?p=lernoticia&area=2&pagina=25&codigo=2454


Até Amanhã - Noel Rosa - samba - 1932 - Ed. Mangione.
Música nascida durante a última noite que Noel passou em Porto Alegre, quando excurcionava com os "Ases do Samba" - Francisco Alves, Mário Reis, Nonô e Pery Cunha. Chovia torrencialmente impossibilitando Noel de atravessar a rua para despedir-se de uma morena por quem se sentia apaixonado e que morava na casa em frente à pensão em que se hospedara. Os dois estabeleceram uma conversa de despedida pela janela, até que a chamaram e ela lhe disse: "Até amanhã...". A primeira gravação é de janeiro de 1933, por João Petra de Barros, Odeon.

Texto extraído do site: PROJETO MUSICAL
"QUEM ACHA VIVE SE PERDENDO":
NOEL ROSA, O POETA DA VILA
http://www.geocities.com/BourbonStreet/Delta/5840/noel.htm