Falleceu
no dia 12 do corrente mês (12 de março de 1900) às
6 horas da tarde em sua fazenda da “Trindade”, distrito
de Volta Grande, a Exma. Sra. D. Maria Guilhermina Teixeira Côrtes,
esposa do importante fazendeiro José Cesário de
Figueiredo Côrtes, na idade de 62 anos.
Era natural do município de S. João d’El-Rei
tendo nascido na fazenda dos “Coqueiros” e é
filha dos fallecidos João Evangelista Teixeira e d. Anna
Esméria Teixeira.
Casou-se em 20 de abril de 1861, e em 15 de agosto do mesmo ano,
foram em companhia de seu marido, abrir lavouras, em terras de
seus fallecidos paes e a este sítio denominaram “Trindade”.
Com um pequeno número de trabalhadores, que não
excedia de sete (7), abrigados em um rancho de sapé começaram
a trabalhar.
O que fez este excellente casal, o que fez esta virtuosa senhora,
pelo trabalho e pelo methodo e zelo, todos conhecem.
Basta dizer que em 5 de outubro de 1868, compraram a seu próprio
pae para auxilia-lo no desempenho de compromissos sagrados, meia
sesmaria de terras onde estavam estabelecidos; e, ao baixar a
sepultura lega a sua família, pelo honrado trabalho, e
de seu esposo, uma fortuna nunca inferior a mil contos de reis,
apezar de todos os prejuizos da lei de 13 de maio.
Deixa 6 filhos: José Cesário de Figueiredo Côrtes,
dellegado de policia deste cerro; D. Ernestina Teixeira Côrtes,
viuva do fallecido Dr. Francisco Cesário Teixeira de Figueiredo
Côrtes; D. Umbelina Teixeira Côrtes, casada com Firmino
Alvim; D. Anna Côrtes, casada com importante fazendeiro
Arthur Augusto de Figueiredo Côrtes; D. Jesuina de Figueiredo
Côrtes, casada com o Dr. Agostinho Côrtes; senador
estadual, e D. Alice Côrtes, casada com o Dr. Pedro da Nóbrega
Sigaud, diretor das obras da prefeitura da Capital do Estado.
A Camara Municipal fez-se representar no enterramento por uma
commissão composta dos Vereadores Capitães Cypriano
Gomes Figueira e João Evangelista Guedes.
À ultima morada, desde a Fazenda da Trindade, em numeroso
séquito, composto de amigos da familia e colonos de suas
fazendas, à acompanharam, em signal de respeito e estima.
Ao desolado esposo, e a seus filhos e genros nossas condolências.
